Feriadaço!

Foto: Guto Maia

Uhuuuul!!!

Todos sabem dos baixos salários do magistério há muito tempo, mas no Brasil até os médicos da rede pública ganham mal, porém, a maioria das escolhas profissionais são feitas por uma questão de vocação e/ou ideologia. Porque qualquer um poderia simplesmente escolher uma carreira mais rentável, talvez política, e passaria férias no exterior, finais de semana em festinhas com empresários, com os filhos estudando nas melhores e mais tradicionais escolas que nunca têm paralisações.
Embora eu adore um feriado no final do período para pensar em descansar, tentar botar a casa em ordem, curtir a minha família e amigos, não acredito que essa paralisação ajude a melhorar os salários dos professores, ou a dignidade da profissão, considero um tiro no pé do movimento, pois acho que isso enfraquece uma luta justa e necessária diante de uma sociedade preocupada e descrente com a educação pública, pois há muito tempo não vê investimentos reais ou melhoria nenhuma nesse setor.

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Se fosse o meu filho que estivesse sem aulas as vésperas de um feriado, como responsável eu também me sentiria com cara de palhaço, apoiando uma paralisação onde quem sairá perdendo é novamente o aluno da rede pública estadual. Pois no próximo mês, mesmo sendo pouco, provavelmente os setecentos e pouco reais serão depositados na conta do professor, mas o conteúdo que o aluno deixou de aprender dificilmente será reposto. Mas como estudante, futura pedagoga, quem sou eu para discordar de um feriadaço desse?!

Espero que medidas mais efetivas para a retomada das negociações entre o governo e os professores sejam adotadas, pois paralisações às vésperas de feriados não resolvem efetivamente o problema do professor ou da educação pública e geram mais perdas aos alunos da rede estadual que comparados às outras redes estão em franca desvantagem há algumas décadas.