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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Construindo saúde: a dimensão coletiva do sofrimento docente


"Na atualidade, com a efetivação da sociedade de controle e do capitalismo globalizado, no qual  o  mundo perde  a  nitidez  de  suas  fronteiras,  o  homem  contemporâneo  se  vê desterritorializado, ou seja, seus antigos territórios referenciais vão perdendo suas funções de estruturação  e  unificação.  O  homem contemporâneo  vive  num  mundo  cada  vez  mais competitivo  e  individualista,  com  quase  nenhuma permanência  de  vínculos  e  relações.
Assistimos às escolas adotando uma política de qualidade, com o objetivo de aproximá-las do funcionamento da empresa. Torna-se comum, no ambiente escolar, a valorização das técnicas de gerenciamento,  transformando  o  aluno  em  consumidor  de  ensino  e  o  professor  em funcionário treinado e competente. Ou seja, a escola vai aos poucos preparando mão-de-obra com  as  novas exigências  do  mercado  de  trabalho  e  tratando  o  ensino  público  como mercadoria,  trazendo  “no  bojo  o  tecnicismo  que  reduz  os  problemas  sociais  a  questões administrativas, esvaziando os campos social e político do debate educacional, transformando os problemas da educação em problemas do mercado e de técnicas de gerenciamento”, alerta Marrach (2000, p. 52).
Como construir saúde nestas circunstâncias? Como escapar da clausura do individualismo, que tanto nos faz sofrer por acreditarmos que há algo em nós que está errado e que precisa ser remediado? Como resistir aos tentáculos da racionalidade biomédica que, no exercício do biopoder, nos classifica como doentes? Que estratégias podemos sugerir aos professores neste combate à medicalização da vida?"

Leia esse artigo na íntegra clicando aqui


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia da Consciência Humana

Caio Pereira*


Nos últimos dias circulou pelas redes sociais um vídeo em que o ator americano Morgan Freeman se diz contra datas comemorativas relacionadas à consciência negra. O motivo? Assim como não há o dia da consciência branca, não deveria haver o da consciência negra, pois a melhor forma de acabar com o racismo seria não falando sobre ele.
Esse é o tipo de pensamento base daqueles que são contra as cotas raciais, pois segundo eles, essa seria a maior forma de preconceito possível, atribuindo ao negro uma inferioridade às demais etnias.
Contudo, eu discordo. Continuo achando que a maior forma de racismo é escravizar um povo por conta do tom da sua pele e tratá-lo como mercadoria, castigá-lo com chibatadas. E, sinceramente, não acho que esquecer isso seja a solução. Nenhum problema é solucionado sendo ignorado.
A escravidão no Brasil deixou sequelas presentes até hoje na sociedade. Qual é o percentual de estudantes negros nas faculdades? Com certeza é muito baixo. Isso não significa que o negro seja intelectualmente inferior, mas representa o papel que exerce na pirâmide social.
Um jovem negro carece de exemplos de pessoas bem sucedidas que não sejam artistas ou desportistas. Nesse ponto estamos evoluindo. Nos últimos meses um negro ganhou notoriedade sem chutar uma bola, ou batucar um pandeiro. O ministro do Superior Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

O Relator do caso do Mensalão tomará posse da presidência do STF, sendo o primeiro negro a ocupar o cargo. Com uma trajetória de estudos no exterior, o filho de pedreiro, venceu na vida através dos estudos, sem precisar de cota. Porém o caso dele é uma exceção e uma história de superação, não podendo ser tomado como parâmetro.
Vejo as cotas raciais não só como uma forma de ressarcir os descendentes de escravos, que não receberam indenização por todos os crimes a eles cometidos. Por toda mão de obra utilizada, que enriqueceu diversas famílias tradicionais brasileiras, que hoje em dia podem pagar os melhores colégios para seus filhos. Mas como uma tentativa de igualar o processo e torná-lo mais justo.
As cotas não são um insulto, pois o insulto já aconteceu. Por isso tanto as cotas, quanto o dia da consciência negra, são válidos. A ideia não deve ser de revanchismo, mas não devemos esquecer essa parte chata da história, pois ela influencia a estrutura atual.
No fundo, todos somos iguais, indiscutivelmente. Mas infelizmente, no passado, não se tinha esse pensamento. E muitos ainda não têm. Por conta disso, hoje é muito mais que o Dia da Consciência Negra, é o dia da Consciência Humana!
Portanto, hoje é dia de lembrarmos as atrocidades cometidas contra os meus ancestrais, aos ancestrais desse Brasil. Mas sem se esquecer de exaltar aqueles que quebraram todas as barreiras impostas. Salve Marthin Luther King! Salve Malcom X! Salve Mandela! Salve Joaquim Barbosa! Salve Zumbi!


Fonte:http://extra.globo.com/noticias/seis-que-sabem/dia-da-consciencia-humana-6777792.html#ixzz2CmeDDS7N



Caio Pereira* é aluno do ensino médio do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro - ISERJ

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Crianças analfabetas na Etiópia aprendem sozinhos a hackear tablets



Certa vez alguém perguntou ao astrônomo e divulgador de ciências Neil deGrasse Tyson o que fazer para despertar a curiosidade científica nas crianças, e o conselho dele foi: “sair do caminho delas”, ou seja, deixá-las explorarem à vontade.
As crianças, segundo ele, já nascem cientistas, com curiosidade e vontade de explorar e conhecer.
O pessoal do “One Laptop Per Child” (“Um Laptop Por Criança” – OLPC) comprovou essa ideia na prática. A empresa de Nicholas Negroponte já distribuiu 3 milhões de laptops para crianças em 40 países, uma atividade que geralmente integra professores a alunos. Mas e onde não tem professor? E onde todo mundo é analfabeto?
A equipe do OLPC deixou uma caixa fechada com tablets Motorola Xoom em duas aldeias etíopes, Wonchi e Wolonchete, onde nunca havia caído ou passado nada escrito.
Eles ensinaram alguns adultos como usar os painéis solares que recarregam os tablets, e pronto. Largaram lá os aparelhos recheados de programas educativos, livros, filmes e jogos.


Uma vez por semana, eles apareciam nas aldeias para trocar o chip de memória dos tablets, onde estavam registradas as atividades das crianças, todas entre 4 e 8 anos. E o que os registros mostraram é bastante animador.
  • 4 minutos depois que a equipe saiu da aldeia, as crianças já haviam aberto as caixas e descoberto como ligar os tablets – eles nunca tinham visto um botão de liga/desliga antes;
  • uma semana depois, cada criança usava em média 47 aplicativos por dia;
  • duas semanas depois, eles estavam disputando quem soletrava o alfabeto mais rápido, e cantavam músicas como o abecê;
  • cinco meses depois, eles conseguiram ultrapassar a proteção do tablet, que não deixava personalizar o mesmo, e além de cada um ter um tablet completamente diferente, eles também conseguiram habilitar a câmera, que alguém tinha deixado desabilitada por engano – traduzindo, eles hackearam o tablet;
  • uma das crianças, que brincava com programas de alfabetização que usam imagens de animais, abriu um programa de desenho e escreveu a palavra “Lion” (leão);
  • o que uma criança descobria sobre os tablets era compartilhado rapidamente com todas as crianças. Elas formaram uma rede solidária de aprendizado espontaneamente.

Em cinco meses, a vila saiu da “idade da pedra” e se lançou no caminho da alfabetização e da informática. Imagine se cair um disco voador na Etiópia…

#DICA DE WILSON SANTANA

Educação transformal


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

XV FoNEPe


DELEGAÇÃO DA PEDAGOGIA ISERJ

DELEGADA: BARBARA ASSIS DE OLIVEIRA
SUPLENTE: SUZANE MELLO DE ARAÚJO
ALUNA: CARLA BEATRIZ